Resumo
Diante da transformação digital vivida nas instituições a partir da década de 1990, a documentação que antes era produzida em suporte papel, passou a ser migrada e produzida em ambiente digital. Pelas especificidades do documento digital e vulnerabilidades do ambiente digital, houve a necessidade da elaboração e implantação de ações para a preservação do patrimônio arquivístico digital e da ressignificação de conceitos bem estabelecidos no ambiente analógico para o ambiente digital, tal como os conceitos de autenticidade e cadeia de custódia, inclusive o de preservação digital, que não deve ser mais focada nos suportes e sua obsolescência, mas em uma preservação digital sistêmica, que prevê uma cadeia de custódia digital arquivística juntamente com uma cadeia de preservação. Neste sentido, este artigo tem como objetivo apresentar a necessidade de uma preservação digital sistêmica diante da transformação digital vivida pelas instituições arquivísticas, que deve prever uma cadeia de custódia ressignificada para o ambiente digital, que é a Cadeia de Custódia Digital Arquivística (CCDA), em todo o ciclo de vida dos documentos, implementada juntamente a uma cadeia de preservação, que perpassa todos os ambientes envolvidos nas três entidades externas especificadas no Modelo OAIS: o ambiente do produtor, que é o ambiente de gestão de documentos; o ambiente do administrador, que é o ambiente de preservação; e o ambiente do consumidor, que é o ambiente de acesso e difusão. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica e documental, cujos principais fontes documentais e bibliográficas foram textos e artigos científicos provenientes de organizações e de pesquisadores nacionais e internacionais, especialistas nos temas relacionados ao trabalho.
