Resumo
Busca-se, neste artigo, relativizar a interpretação corrente, segundo a qual Oliveira Vianna é um intelectual recluso e solitário, através da compreensão dos mecanismos, práticas e estratégias por ele utilizados na construção de sua rede de sociabilidade. Para tanto foi analisado, no arquivo pessoal de Oliveira Vianna, um tipo específico de correspondência: aquela escrita por pessoas que agradeciam os livros, de sua autoria, que ele enviava de presente. O destaque, entre os interlocutores de Oliveira Vianna, daqueles que receberam "presentes de papel" nos permite perceber indícios de uma prática de amizade marcada e materializada pela escrita epistolar.