Resumo
Este artigo propõe uma leitura comparativa de duas coleções etnográficas - a de registros sonoros feitos por Lorenzo Dow Turner e a de fotografias de Ruth Landes - a partir de perspectivas diversas. Resultantes de viagens de campo ao Brasil feitas pelo lingüista em 1941 e pela antropóloga em 1938-39, sua utilização foi compartilhada por outros interlocutores a partir de uma experiência etnográfica realizada em 2003, na qual alguns significados tradicionalmente atribuídos a fontes arquivísticas dessa natureza foram reinterpretados. Com base nessas experiências, o artigo discute algumas implicações dos significados dos arquivos etnográficos e de seus usos na pesquisa de campo e na etnografia.