Resumo
O filme Cabra marcado para morrer (1984), de Eduardo Coutinho, problematiza questões fundamentais na constituição de uma epistemologia do fazer jornalístico. A natureza do acontecimento, as dinâmicas do tempo e as tramas da memória formam os vértices que compõem a narrativa do filme e sobre os quais o jornalismo também se funda. O artigo estabelece alguns nexos sobre esta constituição a partir da natureza semiótica dos sistemas implicados. O documentário adensa o jornalismo, dinamizando agenda e linguagem, entre outros itens e irradia pontos fronteiriços para um centro, via de regra, conservador.