Resumo
A iniciativa para este artigo é fruto do diagnóstico de acervo arquivístico público do período que vai de 1975 a 1991. A confusão percebida entre o suporte documental (aspecto físico) como elemento definidor de séries encontradas em vários setores deste órgão foram tão evidentes, que se tornaram objeto deste artigo. Quando se tem propostas de classificação montadas a partir do suporte documental, estas não refletirão a estrutura da organização, na medida que uma mesma série pode ter documentos de suportes físicos diferentes, com localizações diferentes em mobiliário apropriado, embora tenham o mesmo conteúdo informacional, logo, pertencendo a mesma série. A classificação, segundo Schellenberg, "atende a necessidade das operações correntes, quando arranjadas em função do uso que têm em determinadas unidades administrativas de um órgão''. (1973, p. 61). Assim sendo, vemos a densidade da questão, na medida que, ela extrapola uma escolha metodológica, tornando-se um problema de ordem teórica que esbarra num dos pilares da arquivística: o princípio da proveniência. A falta de um sistema de classificação ideológica, que tenha por base: o conhecimento da organização, dos documentos e que atenda aos interesses e necessidades do órgão ocasiona problemas referentes a preservação, na medida em que ela não se resume a questão física e nem a questões de tecnologia, muito embora o inverso tenha sido ressaltado em levantamento bibliográfico realizado em periódicos sobre o assunto. Os procedimentos usados para este artigo foram: levantar na bibliografia de referência nacional e estrangeira, os principais conceitos de classificação, de modo a compará-los, para assim examinar com respaldo, o problema levantado; justificar a opção da arquivística integrada, na elaboração de propostas de tratamento dos arquivos correntes e das massas documentais acumuladas de modo a estabelecer um plano de preservação que satisfaça o problema de acumulação de dossiês e que planifique a vida de um documento, da criação a última etapa.