Descrição
Este livro é resultado de um trabalho de pesquisa realizado nos espaços de memória dos tribunais do Poder Judiciário federal. Arquivo, memória e informação foram aqui tratados como construções sociais. Compreende-se a memória como um processo, no qual se permitem múltiplas interpretações quanto aos documentos arquivísticos deslocados para espaços memoriais. A ideia defendida é a de que há um processo de “sobrevaloração” dos documentos arquivísticos quando eles são deslocados dos arquivos permanentes para os centros de memória. A pesquisa nos leva a uma cartografia não só dos caminhos, mas das condições e potenciais de realização de trabalhos memoriais com documentos arquivísticos em centros de memória do Judiciário federal brasileiro. O tema em questão ganha importância ainda maior a partir da edição da resolução n. 324/2020 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que institucionaliza os trabalhos memoriais nos tribunais, com a reformulação do Programa Nacional de Gestão Documental e Memória do Poder Judiciário (Proname).