Em um consenso, diversos autores da Arquivologia justificam a existência social do arquivo como um lugar de memória. Hedstrom (2016) oferece um contraponto a tal argumento ao declarar que o conceito de memória na Arquivologia sofre de simplificação. A partir disto, o objetivo do artigo é tecer comentários sobre o entendimento do arquivo enquanto lugar de memória e a questão ética associada a tal pensamento. O itinerário dos argumentosapresentados entrelaça Arquivologia, Ciência da Informação, Ética, História e Sociologia. A reflexão ética é necessária para perceber a dimensão dos deveres e das responsabilidades do arquivista perante o consenso assumido na literatura arquivística.