Resumo
O final da década de 1970 foi marcado pela intensificação das manifestações sociais que exigiam, entre outras coisas, o retorno dos militares aos quartéis. Esse período foi marcado também pela decretação da Lei 6.683, chamada Lei de Anistia, em 1979. O objetivo deste artigo é analisar, através da documentação presente na série Dossiês do Fundo DEOPS, a atuação de parte da comunidade de segurança do regime civil-militar em relação aos movimentos pela anistia. Nesse sentido, buscou-se compreender os critérios pelos quais determinadas pessoas e movimentos eram alvos de investigações, o modo como o regime procurou cercear os indivíduos, seja na busca da informação, seja na prática da repressão, e quais tipos de informações eram considerados importantes, com o intuito de desvendar o modus operandi desse aparato estatal.