Resumo
Neste artigo, pretende-se recuperar algumas histórias de artesãos, das irmandades de ofício e valores relacionados ao catolicismo que presidiam o mundo dos ofícios no Rio de Janeiro no fim do século XVIII e início do século XIX. Com este intuito, parte-se da análise de documentos de caráter jurídico (petições, autos de processos, autos de achada e posturas municipais) localizados no Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro, associando- os a fontes de outros acervos. As histórias aqui narradas apontam para mudanças e permanências no Rio de Janeiro do Antigo Regime e permitem discutir, ainda que brevemente, dois ou três temas: o escravismo, a concepção de trabalho que vigorava entre os artesãos e a ideia de que “cada um deve tratar do seu ofício”.