Resumo
O microfilme, enquanto tecnologia fotográfica aplicada a documentação, possui uma gama de usos e aplicações praticamente ilimitada. Entretanto, essa utilização, no Brasil, embora venha aumentando significativamente, ainda está muito longe de ser realmente bem aproveitada. Fatores como custos de equipamentos e materiais tem desmotivado ou impedido o emprego mais intenso da microfilmagem. Embora se saiba da existência de um grande número de instituições que possuem equipamentos e materiais sem utilização. Fatores conceituais, não totalmente equacionados tecnicamente, opiniões divergentes de técnicos e arquivistas tem também provocado barreiras a utilização de tecnologias avançadas. Assistimos em 1956 na Universidade de São Paulo o início da utilização real e prática, em larga escala, do microfilme no Brasil, destinada a organização e disseminação da informação técnico-científica. Quase 35 anos após, mesmo com o formidável avanço conseguido, temos um longo caminho a percorrer no que concerne ao uso racional, objetivo e econômico de nosso potencial tecnológico. Há necessidade de maior entrosamento e compreensão entre os especialistas das diversas áreas de conhecimento envolvidas com o processo que poderão ocorrer com iniciativas de eventos multidisciplinares. Há urgente necessidade de iniciativas institucionais com campanhas exclusivas de motivação e até coerção para a formação de mentalidade e organismos que permitam a utilização do grande número de equipamentos ociosos, em grandes desperdícios, existente no Brasil. Constitui um desafio a inteligência e a criatividade do especialista brasileiro em gerenciamento da documentação e informação, seja qual for sua formação acadêmica ou técnica e imperativo da época de aperto e dificuldade econômica, encontrar urgente soluções e ações antes que o Brasil se transforme no “Rei da sucata” micrográfica internacional.