Resumo
Nos últimos anos, os arquivos dos diferentes países se dedicaram aos sistemas de informação. A fim de facilitar o intercâmbio internacional de informações arquivísticas para as demandas da ciência, a necessidade de comunicá-las entre si tornou-se o objetivo primeiro dos arquivistas. Tal política ocupou as reflexões e as atividades de pesquisa dos arquivos com as questões de normalização. A importância da normalização, em meio a multiplicação dos intercâmbios internacionais entre instituis heterogêneas, autônomas e descentralizadas (países, províncias, cidades etc.), aparece ligada a tal contexto. Mas é preciso lembrar que a normalização é, antes de mais nada, filha do Século das Luzes, do positivismo e da centralização. Pretendemos mostrar, através do caso francês, como um país centralizado é, por definição, gerador de normalização, e amo essa normalização, na medida em que implica a racionalização das atividades práticas, foi um instrumento fecundo na formação de conceitos, princípios e métodos da arquivística, no século XIX. Não resta dúvida que o esforço de normalização, empreendido hoje em escala internacional, tem provocado em nossa disciplina, nos seus diversos domínios, novos e decisivos progressos.