A Arquivística, assim como a Ciência da Informação e outras áreas das ciências sociais, passou por mudanças profundas nos últimos 40 anos. A Arquivística, tecnicamente tem se estruturado desde o fim do século XIX, e que a rearranjaram na década de 1950, foram fundamentais para o atual estágio da área. Busca-se com este artigo descrever elementos históricos do percurso da Arquivística, a fim de demarcar aspectos discursivo-conceituais da área que a constituem enquanto campo de atuação acadêmica e profissional. Aborda-se aspectos da Arquivística por meio da análise, discursivahistórica. Discute-se a respeito da ampliação e da multiplicidade mais recente da teoria arquivística, calcando-se majoritariamente no universo brasileiro, representando um território mais recente de desenvolvimento teórico e profissional e o universo canadense, representando um território de discussão teórica e aplicação prática dessas políticas pós-1980, mais consolidado. Enquanto aporte metodológico utiliza-se da análise do discurso, o conceito de formação discursiva, apropriado pela área da obra de Michel Foucault, buscando construir uma análise arqueológica da Arquivística. Assim, compreendendo a arquivística enquanto uma instância significativa e passível desta análise busca-se no seu passado compreender o atual momento de transição no qual ela se encontra.
Trabalho premiado –modalidade Comunicação Oral–do Eixo Temático “Epistemologia da Arquivologia e formação profissional” apresentado em 21 de outubro de 2014 no VI Congresso Nacional de Arquivologia.