Resumo
Este artigo toma como tema de estudo a construção da memória, no intuito de provocar o debate sobre as políticas de memória, praticadas por sociedades detentoras de maior poder político, assim como ações emitidas pelo silêncio e por ressignificação cultural. Para a realização desta proposta, tomamos por objeto de estudo os filmes Toda a memória do mundo e as estátuas também morrem, do cineasta francês Alain Resnais e outros colaboradores. Construímos a análise deste artigo a partir do pensamento teórico desenvolvido pelos historiadores franceses Jacques Le Goff e Pierre Nora, pelo sociólogo austríaco Michael Pollak e pela também historiadora brasileira Renata Andreoni e concluímos que civilizações são silenciadas ao longo da história especialmente considerando a visão europeia para outros continentes como o africano, e também é considerado sobre a preservação da memória, pois essa não depende somente do povo de quem a produz mais de quem se diz preservar.