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Patrimônio e Arquivos Sob a Abordagem Teórica de Capital Simbólico: Interlocuções para Múltiplas Realidades Socioculturais e Tecnológicas
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Patrimônio e Arquivos Sob a Abordagem Teórica de Capital Simbólico: Interlocuções para Múltiplas Realidades Socioculturais e Tecnológicas
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Resumo
Arquivos figuram como arautos socioinstitucionais de registros que remontam às narrativas culturais estruturadas como parte constituinte das lembranças/memórias entre ações do passado e do presente, para ensejar tomadas de decisão com impactos futuros. Outrossim, a personificação do arquivo como entidade, e reconhecidamente um dispositivo socioinformacional, o torna sujeito no protagonismo das ações sociais mediante a guarda, o tratamento, a preservação e o acesso aos documentos. Neste sentido, o presente estudo visa, metodologicamente, cunhar a perspectiva de Capital Simbólico que emerge no contexto teórico e social a partir de Pierre Bourdieu, deslocando-a para o corpus reflexivo da percepção do Patrimônio e dos Arquivos, inclusive, no cenário digital. A partir de uma lógica indutiva e de uma abordagem qualitativa toma-se por base a estratégia de análise de conteúdo para tratamento das informações levantadas a partir de um estudo de literatura científica que estabelece como fontes informacionais livros e textos, presentes em periódicos indexados nas bases de dados da CAPES (livre), BRAPCI e SCIELO Brasil. Como aparelho conceitual, lançamos mão de diferentes olhares a partir de autores com influência no contexto patrimonial, a nível nacional e internacional, uma vez que suas formações e inferências perpassam a História, a História da Arte, a Crítica de Arte, a Sociologia, a Filosofia e, evidentemente, a Arquivologia. Como resultado, traçamos um panorama de facetas dialógicas que reverberam em um conhecimento reflexivo e abrangente por meio da interdisciplinaridade que, efetivamente, situa o Arquivo ante o contexto de Patrimônio Documental, no tocante à memória e cultura. Por fim, acredita-se que a ideia de valor atribuído aos documentos de Arquivo e o seu potencial para a cultura e a memória se encontra correlacionada à capacidade de perceber o simbólico como capital que orienta o desenvolvimento social, científico e tecnológico. Porém, requer um processo dialético e identitário dos povos, o que não é algo voluntário, pois, assim como a linguagem é ensinada, o despertar social para o Capital Simbólico, que prevê a valorização dos Arquivos como Patrimônio, requer um trabalho estratégico de educação por meio da difusão do conhecimento de seus múltiplos acervos como meta para assegurar o acesso livre e igualitário em prol de fraternidade transgeracional. Ou seja, despertar uma dialética do concreto sob a égide de que o Capital Simbólico transpassa a barreira teórica e reverbera de modo aplicado ao ser convertida em práticas de difusão e educação patrimonial, obedecendo requisitos prévios de tratamento documental no campo Arquivístico, que pode assegurar a manutenção de sua pertinência e singularidade, ao lançar mão de tecnologias contemporâneas, tais como: plataformas com arquitetura da informação inclusiva e atraente, repositórios confiáveis e a perspectiva de adoção das mídias sociais no estreitamento de laços interativos entre os acervos e a sociedade, bem como o foco na fidelização das comunidades e de povos que passariam a 'enxergar-se' efetivamente nestes legados institucionais (arquivos), mesmo que induzidos 'algoritmicamente'.
Palavra-Chave
Capital Simbólico | Cultura e Arquivos | Memória > Memória - Patrimônio | Tecnologia > Tecnologia da informação e comunicação
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Organizador(es)
Editora
Natureza
ISSN ou ISBN
978-65-991726-4-9
ISBN
978-65-991726-4-9
Sessão
Patrimônio, memória e documento
Páginas
1-11