Resumo
A classificação de documentos arquivísticos é instrumento importantíssimo para uma efetiva gestão documental, pois auxilia na recuperação eficaz de documentos e informações, além de refletir as funções e atividades da organização produtora. Este trabalho discute a possibilidade de padronização de instrumentos de classificação de documentos arquivísticos para as atividades-fim; examina as vantagens e desvantagens de determinados métodos de classificação que vêm sendo adotados no Brasil; analisa o funcionamento do SIGA – Sistema de Gestão de Documentos da Administração Pública Federal, bem como de seu órgão central, o Arquivo Nacional; e questiona o plano de classificação da Universidade Federal da Paraíba – UFPB, proposto como modelo para as universidades federais. À luz da teoria arquivística, recomenda a abordagem funcional como procedimento básico no processo de elaboração de um plano de classificação para as instituições federais de ensino superior e tecnológico, vinculadas indiretamente ao Ministério da Educação. Tal recomendação é resultado de visitas aos sítios dessas instituições e da análise de seu regimento, estatuto e modo de organização, visando identificar a missão, as atividades desempenhadas e as espécies documentais por elas geradas. A partir de exemplo pontual, recortado do universo das funções características das escolas superiores, propõe-se metodologia para a elaboração de um plano-padrão que possa ser seguido pelas IFES, ou seja, que tenha a necessária consistência para permitir sucessivos níveis de subdivisão dentro de um sistema de classificação, com a coerência e o rigor pretendidos pela ciência arquivística.