Resumo
O artigo visa a demonstrar que informantes são importantes mesmo "quando o campo e' o arquivo". Partindo de dois conjuntos documentais do Arquivo do Estado de São Paulo, defino primeiramente especificidades metodológicas de investigações em que o arquivo e' o campo. Passo então a discernir informantes, que são construções teóricas fundamentadas no contato do antropólogo com a documentação. Essa e' a característica que os informantes partilham, embora tenham origem em tipos documentais distintos. Entretanto ha' também diferenças, quando as fontes documentais pertencem a sistemas de representação diversos: crônicas e notícias jornalísticas sobre as regras de conduta nas ruas paulistanas de meados do Oitocentos, ou fotografias referidas ao mesmo espaço naquele tempo.