Resumo
Uma das questões que têm provocado inquietações no campo teórico da Arquivologia contemporânea são as novas formas de documentar, bem como tratamento adequado a esses documentos, distintos dos tradicionais, no caso os documentos audiovisuais (aqueles munidos de som e imagem simultâneos), uma vez que esses documentos são desprovidos de linguagem textual. Assim, a formulação do conceito e a discussão desse gênero documental dentro dos arquivos começaram em meados da década de 1960, resultando na primeira publicação na década de 1970, oriunda de um congresso de arquivos realizado na cidad de Paris, consolidando-se em 1980, com a publicação do manual de recomendações para imagens em movimento elaborado pela UNESCO em seu grupo de estudos RAMP. Desde então, o conceito vem sofrendo variações que têm propiciado diversas interpretações e, por conseguinte, inúmeras definições em direção a esse gênero documental. Como, somente em 2010 verificou-se a criação de um órgão voltado para questões arquivísticas envolvendo esses gêneros, a fim de estudar procedimentos adequados de organização arquivística.