Resumo
Apresenta-se hoje, aos arquivistas e aos responsáveis por sua formação, uma série de desafios a serem entendidos, assimilados, estudados e respondidos adequadamente, a fim de que as tarefas e funções inerentes à organização, recuperação e difusão da informação arquivística, sejam cumpridas a contento. Os instrumentos para contestar estes desafios, que podem ser de ordem jurídica, administrativa, social, econômica, científica, técnica e ética, podem ser encontrados na formação de base, na educação continuada, no movimento associativo, nos conclaves de todo gênero, nos grupos de trabalho e nas próprias reflexões, ilações, questionamentos e deduções do profissional. O arquivista do limiar do século XXI não pode esquecer que vive e atua profissionalmente na chamada "era da informação", na qual, as novas tecnologias, têm presença marcante. Os novos documentos exigem conhecimento, competência, métodos e meios de produção, utilização e conservação física especiais sobre os quais os arquivistas passam agora, a serem instruídos. O documento em suporte informático, ademais dos desafios técnicos que traz, envolve também questões teóricas, metodológicas e éticas capazes de exigir um novo perfil, uma nova conduta e uma nova atuação do arquivista em seu meio de trabalho. Os princípios arquivísticos teóricos básicos deverão estar solidamente arraigados nos conhecimentos profissionais quando do tratamento técnico dos novos suportes. Na raiz de todas estas exigências está o desafio maior do ensino/aprendizado, da reciclagem, do treinamento, da "construção" de um moderno arquivista, que seja eficiente, produtivo e capaz de dirimir a imagem negativa que a sociedade (e, as vezes, ele mesmo) tem de sua profissão. O caminho para cumprir com eficácia todos os desafios passa por uma identidade profissional segura e inabalável, ancorada na firmeza da sua formação, conhecimento e experiências profisisonais.