Resumo
O presente artigo busca refletir a relação entre Diplomática e Identificação Documental e os benefícios que esta resulta para a Organização do Conhecimento. Assim, apresenta-se um histórico das transformações ocorridas nos conceitos de Diplomática e de documento, uma vez que estas ocorreram concomitantemente. Perpassamos pela Diplomática Científica, Histórica, Forense e Contemporânea compreendendo a relação de cada uma delas com a falsificação, de modo que ao avançar de suas transformações essa relação se torna cada vez menor, já que se volta ao documento arquivístico, o qual tem seu enfoque na proveniência e organicidade. Buscou-se também, averiguar quais os aspectos que influenciam a gênese e a contextualização dos documentos arquivísticos na atualidade, considerando a influência das novas tecnologias para a produção documental. Considera-se então, que a Identificação Documental, enquanto função arquivística voltada justamente para lidar com os novos desafios lançados a produção documental, pode encontrar na diplomática uma aliada. Contudo, para a eficácia dessa relação é essencial que a produção documental compreenda as formalidades impostas pela diplomática. Além disso, conclui-se que a Identificação Documental pode potencializar os efeitos das funções arquivísticas que são posteriores a ela, o que é de suma importância para que haja organização e acesso nos acervos arquivísticos.