Resumo
O novo milênio se anuncia, e verificamos que resta pouco tempo para refletirmos sobre uma nova abordagem de ensino universitário, na qual as tecnologias de comunicação e informação não sejam mais consideradas enquanto ferramentas auxiliares, mas como vetores essenciais e estratégicos para promover o processo didático-pedagógico. Partindo desse pressuposto, no caso específico do ensino universitário de Arquivologia, a mudança de paradigma das atividades e serviços informacionais trazem consigo a necessidade premente de analisar/avaliar não apenas o enfoque do ensino-aprendizagem que os programas têm privilegiado, mas sobretudo os aspectos teórico-conceituais e práticos da ciência em emergência. Para entender o impacto das tecnologias de comunicação e informação no ensino universitário de Arquivologia, optamos em tratar primeiramente das noções de tecnologias de comunicação e de informação, procurando estabelecer uma distinção conceitual, paralela à definição dos respectivos processos. Em seguida, considerando a velocidade do ritmo de mudanças que as tecnologias de comunicação e informação têm provocado na produção e na transferência do conhecimento científico, apresentaremos a partir da análise de Pierre Lévy (LÉVY, 1996) a articulação dos ciclos evolutivos cognitivos, denominados pólos da escrita e informático-mediático. Finalmente, apresentaremos algumas perspectivas do ensino universitário de Arquivologia face ao novo cenário das tecnologias de comunicação e informação.