Diante das recentes reflexões epistemológicas na Arquivologia, em virtude dos impactos trazidos pelas TICs, e os questionamentos sobre a identidade e o trabalho do arquivista, acredita-se que tais fenômenos não significam rupturas / descontinuidades, mas que isso precisa ser repensado constantemente, com o objetivo de reconhecer as suas questões fundamentais, os desvios apresentados, as respostas encontradas e as dimensões que se apresentam nos novos cenários. Desta forma, considera-se essencial que os conceitos que fundamentam e orientam a Arquivologia devem ser revisitados. Portanto, a pesquisa que aqui se apresenta teve como objetivo revisitar o conceito de arquivos e suas facetas na literatura brasileira, visualizar como estes foram / são tratados em nível nacional e traçar uma relação com sua concepção no cenário internacional, com base em considerações de Martín-Pozuelo Campillos (1996), Fuster Ruiz (1999) e Vivas Moreno (2004). Decidiu-se analisar as publicações científicas especializadas, dado que representam a construção de uma identidade científica da área.Como resultado foi possível perceber que a conceituação/caracterização do termo, pelos autores brasileiros, envolve múltiplas facetas que se movimentam e se articulam, tendo em vista as diversas dimensões conjunturais e contextuais e as diferenças de ênfase que se pretende anunciar