Resumo
Com o presente artigo, busca-se analisar a relevância e os usos feitos do arquivo pessoal de Dom Adriano Mandarino Hypólito, terceiro bispo da Diocese de Nova Iguaçu, RJ, na sustentação de um projeto identitário que visava manter as práticas e a imagem dessa Diocese ligada à vertente progressista adotada pelo bispo durante seu governo (1966-1994) à frente da Cúria Diocesana. Para atingir esse objetivo, adotamos o Estudo de Caso, elegendo o arquivo pessoal do bispo como objeto de estudo, os anos de sua atuação à frente da Diocese como recorte temporal e o contexto de Nova Iguaçu à época como recorte espacial. Foram feitas pesquisas in loco, no Arquivo Diocesano, custodiado na sede da Cúria Diocesana de Nova Iguaçu, onde está seu arquivo pessoal. Entrevistamos o responsável pelo Arquivo Diocesano, o Sr. Antônio de Menezes, e a Sra. Sada, “braço-direito” de Dom Adriano à época. Identificamos uma relevante projeção da imagem de Dom Adriano como símbolo de luta contra a ditadura civil-militar brasileira. Concluímos que tal projeção é reforçada pelos usos de seu arquivo pessoal, principalmente por agentes da Cúria Diocesana de Nova Iguaçu.