A atuação do Arquivo Nacional poderia ser analisada a partir de duas vertentes: enquanto órgão responsável pelo recolhimento, preservação e garantia de acesso dos documentos produzidos pela administração pública federal e enquanto órgão responsável pela articulação da política nacional de arquivos, mediante a definição dos fundamentos jurídicos de uma política arquivística e a delimitação dos aspectos metodológicos e normativos de uma política sistêmica para os arquivos brasileiros. Os esforços empreendidos desde 1981 no projeto de modernização do arquivo Nacional tem procurado atingir as suas duas vertentes de atuação, sendo que foi necessário um esforço prioritário no sentido de fortalecê-lo institucionalmente. Esse esforço, que resultou na transferência do Arquivo Nacional para novas instalações; na formação de um quadro de pessoal técnico permanente; na definição de uma nova estrutura administrativa; na definição de metodologias de identificação, arranjo, conservação e restauração de documentos escritos e especiais; na implantação do Arquivo Intermediário do Rio de Janeiro e na agilização do Pré-Arquivo em Brasília, foi objeto de nossas comunicações ao V Congresso Brasileiro de Arquivologia, em 1982. Hoje o Arquivo Nacional se empenha no sentido: 1 - do fortalecimento das instituições que formam a rede de arquivos públicos brasileiros, através da atuação junto aos arquivos estaduais; 2 - da modernização dos processos de produção, circulação e divulgação das documentos produzidos pela administração pública federal, através de assessorias específicas na área arquivística e na participação na Reforma Administrativa; 3 - na ampla discussão sobre os arquivos privados, através dos debates suscitados pelo projeto de lei sobre os arquivos brasileiros;4 - na consolidação de uma liderança latino-americana, definida a partir da escolha do Arquivo Nacional do Brasil como sede do projeto piloto da LJNESCO de modernização de arquivos históricos do tipo tradicional e da instalação da sede da ALA no Rio de Janeiro.