Resumo
Instituições escolares produzem diversos documentos com valores probatórios, o que caracteriza a importância da conservação e preservação de seus acervos documentais e sua potencialidade enquanto fontes de informação histórica. Este trabalho parte da problemática sobre o tratamento documental dos arquivos das escolas públicas e sua importância histórica, institucional e cultural para construção da memória coletiva. Tem como objetivo associar as atividades disciplinares do profissional arquivista a uma percepção social e cultural presente nos documentos escolares, de forma conjunta e estruturada. Trata-se de uma pesquisa qualitativa e o método de investigação adotado foi o estudo de caso no Colégio Estadual Barros Barreto, localizado em Salvador/Bahia. O caminho metodológico seguiu com coleta de dados, utilizando a técnica de observação direta intensiva e uma entrevista não estruturada. Os resultados apontaram para a demanda de implementação de uma política de arquivo que atenda às necessidades da instituição, por meio da adequação do Arquivo em todas as normas regulamentadoras e recomendações exigidas que viabilizem o exercício do trabalho, e possível disseminação da memória coletiva escolar. Conclui-se que a compreensão sobre o Arquivo escolar enquanto fonte histórica de informação acende a reflexão sobre novas interpretações acerca do documento arquivístico, que incluem a preeminência de um diálogo interdisciplinar que emerge tanto das teorias e técnicas utilizadas para o tratamento, organização, gestão e disseminação destes documentos quanto nas investigações presentes nas Humanidades sobre possíveis investigações históricas a partir do acesso a estas fontes primárias de informação presentes nos arquivos de comunidades escolares.