Resumo
O presente trabalho visa contribuir para o arquivista descubra as possibilidades do levantamento e da organização de fontes, por parte dos Arquivos, que permitirão ao historiador o estabelecimento de hipóteses de trabalho ou, ao menos de referencias para a construção da História Social do Brasil, a partir de novas abordagens. Os arquivos cartoriais, eclesiásticos, policiais, hospitalares, empresariais, escolares e, mais especificamente, os familiais e pessoais, são fontes que ajudarão na apreensão da originalidade que está expressa em acontecimentos até então incluídos numa não-história, como exemplo: a rotina, o cotidiano, o coletivo, as mentalidades e comportamentos sociais, enfim, aquilo que deixou de ser histórico por ser banal, por não ser “uma categoria bem catalogada de razão histórica”, conforme P. Nora (História: Novos Problemas, 1976, p. 184). A partir das especificidades dos arquivos, será feita “uma nova leitura” dos documentos arquivados com o fim de detectar o objeto da história social, através de uma variedade temática, assim como serão buscadas as ideologias subjacentes, os fenômenos de massa, sem desprezar, é lógico, a pesquisa das elites. O trabalho destacará alguns tipos de fontes para a História Social do Brasil: “os Documentos Oficiais e Privados sobre Dados Estatísticos e Apreciações Qualitativas Diversas; os Censos e Listas Diversas; as Monografias em Séries e as Monografias Isoladas; a Documentação Figurativa e os Arquivos Orais”. (A. P. BALANHA e C. M. WESTPHALEN, História Social do Brasil – Teoria e metodologia, 1984, p. 93-122).