O foco deste trabalho constitui uma experiência de aprendizagem dos graduandos da turma de 1998, do Curso de Arquivologia da Universidade Federal da Bahia - UFBA, no âmbito da disciplina ICI 204 - Arquivo Intermediário, ministrada pela professora Ângela Fonseca. No intuito de assegurar e favorecer a prática da teoria arquivística, optou-se em investir em um espaço de aprendizagem no universo "ufbiano". Isto conduziu o grupo a atender a demanda do Centro de estudos Afro-Orientais - CEAO, da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFBA, criado por inspiração do humanista português George Agostinho da Silva em 1959. Atualmente o CEAO é um forte referencial na comunidade afro descendente e suas relações extrapolam a academia, afirmando-se junto aos movimentos sociais, desenvolvendo programas e projetos de extensão. Face ao estado precário do acervo documental do CEAO procedeu-se uma análise com base em reflexões críticas sobre preservação e conservação de documentos de arquivo. Concluiu-se que a higienização deveria ser a meta prioritária no processo de organização e conservação do acervo do CEAO, visto que se faz necessária a manutenção da informação ameaçada pela deteriorização do suporte. Na perspectiva de resgate da memória do CEAO, deve-se evitar perdas e/ou dispersões de registros preciosos para sua história e para a pesquisa, privilegiando-se uma política de preservação.
