Resumo
Aborda a relação entre o direito à memória e os documentos de arquivo. Recorre à psicologia para conceituar, em um primeiro momento, a memória como um fenômeno individual. Posteriormente, destaca-se a dimensão coletiva que assume ao ser discutida no campo da arquivologia. Apresenta situações nas quais os arquivos são utilizados com a finalidade de permitir o exercício do direito à memória, citando como exemplo o contexto da redemocratização após as ditaduras militares brasileira e argentina. Questiona as possibilidades de construção da memória no ambiente digital. Com o objetivo de investigar iniciativas que tratam dessa temática, conceitua o modelo OAIS, enfatizando as plataformas arquivísticas de descrição, difusão e acesso. É apresentado um estudo de caso de dois sites que se utilizam destas para construção da memória: Mercosur - Guía de Archivos Y Fondos Documentales; e Lesser Slave Lake IRC Treaty Aboriginal Rights. Por fim, reflete sobre a atuação de arquivistas e sua capacidade para lidar com os documentos diante da realidade digital.