Resumo
Nossos descendentes poderão desconhecer nossa história, pois há risco de serem perdidos a médio prazo todos os documentos confeccionados em papéis produzidos a partir da segunda metade do século passado. As características químicas e físicas, principalmente a acidez, o emprego de fibras curtas e o acondicionamento inadequado, são fatores determinantes na baixa durabilidade desses papéis. As adversidades do nosso clima, índices elevados de umidade e temperatura, com variações constantes, também favorecem os danos. Por isso, Arquivos e Bibliotecas precisam investir anualmente parte significativa do se orçamento na recuperação dos documentos, por meio de onerosas técnicas de restauração, para evitar a perda de milhares de documentos e livros em avançado estado de deterioração. Por outro lado, se ocorressem investimentos na prevenção, com o emprego de papéis de melhor qualidade para a produção de documentos e seu acondicionamento, estes teriam maior durabilidade, e no futuro seriam reduzidas as perdas de informação e os custos para sua restauração. A Ação Estratégica do Ministério da Justiça nº 34.0718, desenvolvida pelo Arquivo Nacional, tem por objetivo estabelecer as principais características físicas e químicas dos papéis e papelões empregados na elaboração e acondicionamento, respectivamente de documentos públicos de alta, média e baixa permanência, completando itens de Resolução Normativa Nº 083, editada pelo Departamento de Administração do Serviço Público em 1978, que estabeleceu especificações dos papéis utilizados nos órgãos da Administração Federal. Referências Bibliográficas: 1 - WILSON, W.; PARKS, E. J.; Restaurator, 4 01-55, 1980. 2 - SIHTOLA, H.; SUMIALA, R.; Papper Och Tra, 2, 43-48. 1963. 3 - ZAPPALA, A. Boll Ist Patol Libro, 73-102, 1981. 4 - ISSO TC 46/SC 10.1 N 45, 1991 5 - ASTM D 3301, 1985. 6 - Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel. Normas, 1977.