Resumo
As ideias pós-modernistas têm sido rejeitadas como moda absurda demonstrando a arrogante incompreensibilidade acadêmica e, da mesma forma, têm sido aclamadas como conceitos libertadores que livram muitas disciplinas de desgastadas limitações tradicionais. Este artigo explora a relevância do pensamento pósmoderno para a prática arquivística. Pensadores pós-modernos têm discutido por várias décadas sobre temas próximos das preocupações dos Arquivistas, e mais recentemente começaram a abordar diretamente “o arquivo” como registro, instituição e função. Este artigo olha os pontos fortes e fracos da análise pós-moderna, ensaia algumas definições de pós-modernismo num contexto arquivístico, e sugere como as percepções pós modernas podem mudar a prática diária dos arquivistas, pois estes trabalham (e vivem) inevitavelmente em condições de pós-modernidade. O principal foco de tais mudanças centra-se numa maior transparência e responsabilidade dos Arquivistas para a própria função arquivística e uma consciência maior da diversidade, ambiguidade, múltiplas identidades dos criadores de registros, sistemas de informação e usuários de arquivos.