Resumo
Este artigo analisa 1984, romance distópico de George Orwell, em duas perspectivas que se tornam únicas ao final: a percepção de poder, especialmente do Estado, de acordo com Marx (2010), Engels (2010), Weber (2011) e Foucault (1979), e como as mesmas dialogam (ou não) com as camadas sociais; e, por fim, assimila a ideia de poder já proposta com a importância da informação (seja ela manipulada ou de total acesso). No primeiro ponto serão trazidas as análises de poder tais quais a ideia dos oprimidos assumindo o aparelho estatal, a existência de um Estado soberano e com legitimidade do uso da força e as relações dos indivíduos no que tange o poder através de imensas camadas e do uso da disciplina. No segundo momento, elementos como a manipulação da história, a criação de uma nova língua e a subversão da razão estão ligados intrinsicamente ao poder que a detenção da informação oferece. Todas essas análises dialogam paralelamente com os aspectos da obra de George Orwell e apontam que o direcionamento para toda ordem de poder provém da informação, sendo ela acessível ou manipulada.