Tomando como referência o pensamento de Hannah Arendt, o texto discorre, em um primeiro momento, sobre o binômio público/privado, procurando observar as transformações ocorridas, historicamente, nas concepções dos dois conceitos, bem como suas repercussões, a partir do século XIX, na prática arquivística tanto no que diz respeito à conservação dos arquivos, quanto ao acesso às informações neles contidas. Em seguida, a autora tece considerações sobre a trajetória de dois direitos humanos implicados diretamente com a problemática dos arquivos - o direito à informação e o direito à privacidade - observando que essa trajetória acompanha (ou reflete) o embate entre o público e o privado, ao longo dos três últimos séculos. Por fim, algumas informações sobre a realidade dos arquivos, com enfoque na questão do acesso, particularmente no que diz respeito aos arquivos privados.