No início dos anos 1970 foram criadas Assessorias de Segurança e Informações nas Universidades brasileiras, como resultado do processo de expansão do sistema repressivo do regime militar. Tais agências eram ramificações da comunidade de informações no interior do sistema universitário, para melhor vigiar um setor considerado estratégico. Com o declínio do estado autoritário e o início da transição democrática, o destino dos arquivos das ASI passou a causar preocupações aos gestores do sistema de informações, uma vez que poderiam revelar o que se desejava esconder. Este texto trata das polêmicas relacionadas a esses arquivos, que guardam memória comprometedora para vários dos grupos envolvidos.
One of the results of the military regime's repressive system expansion in the early 1970s was the creation of Assessorias de Segurança e Informações (ASI) in Brazilian universities. These agencies were branches of the information community inside the university system, and their aim was to establish vigilance over a strategic and sensitive sector. As the military regime started its decline, giving way to the democratic transition, the destiny of ASI archives became a source of preoccupation to the information services, as their records could reveal what should be hidden. This article focuses on the polemics related to ASI archives, which carried embarrassing memories for many of the involved groups.