Resumo
O Arquivo Permanente da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, ocupando dois andares de prédio antigo já não suportava a carga documental, nem oferecia segurança para a guarda do seu acervo. Dentro deste quadro os arquivos correntes das diferentes divisões continuavam a crescer e por absoluta falta de espaço, não mais podiam enviar a documentação dos anos anteriores para o Arquivo Permanente. Para resolver este problema a BVRJ resolveu implantar o sistema de microfilmagem. De acordo com levantamentos efetuados nos documentos dos Arquivos Correntes e no Arquivo Permanente, foram comprados os equipamentos. Formou-se a Comissão de Análise de Documentos constiuída por membros permanentes e variáveis das diversas áreas da BVRJ, para determinar os documentos que serão microfilmados e preservados, microfilmados e eliminados, a forma de arquivamento do microfilme, a vida útil dos documentos na empresa. Na implantação da microfilmagem foi dada ênfase especial a parte arquivística, aos documentos em si, como devem ser classificados, preparados, restaurados e ordenados, tendo em vista a rápida recuperação da informação. Por sua sofisticação a microfilmagem é dispendiosa. Entretanto após um estudo mais detalhado, ela se mostra sem dúvida um meio simples e econômico para resolver o problema de espaço rapidez de recuperação, integridade do arquivo e preservação do acervo de documentos de natureza diversas. Os arquivistas têm um certo preconceito contra a microfilmagem. A meu ver este preconceito não tem nada a ver com a realidade, pois a microfilmagem existe, e está aí como um eficiente auxílio para os arquivos. Sem um trabalho minucioso e eficiente do Arquivista, as modernas técnicas de microfilmagem não valeriam nada, pois não adianta microfilmar, se não conseguirmos depois recuperar a informação. A microfilmagem existe e precisa muito da Arquivologia.