O tema da difusão nos arquivos tem pouca expressão na produção teórica da área. Nada de surpreendente se pensarmos que poucos arquivos possuem condições materiais e pessoal especializado para sustentar atividades estruturadas de difusão e comunicação. Os arquivos se assentam no tripé de atividades essenciais de gestão, preservação e acesso. A difusão é atividade secundária, mas de muita importância aos arquivos. Ainda assim, muito do que se produz em termos de difusão nos arquivos reflete concepções pouco ancoradas nos conceitos básicos que norteiam a prática nas instituições. O artigo propõe reflexão crítica sobre determinadas práticas de difusão em arquivos que adotam sedutores discursos com o intuito de atração de público, em detrimento dos conhecimentos produzidos nessas instituições arquivísticas. Propõe caminhos para tornar a comunicação dos arquivos mais aderente ao perfil institucional e aos saberes produzidos nos arquivos públicos.