Resumo
Há muito se fala em ''democratizar” a informação, e essa necessidade parece ecoar sem discordância em todos os extratos sociais. Por outro lado, a própria existência desta discussão demonstra que os objetivos de disseminar o conhecimento não foram, de forma alguma, alcançados. Na era da informação instantânea, veloz, do computador e da TV por satélite, já virou lugar comum que o fluxo noticioso é muitas vezes superior à capacidade de absorção do cidadão médio, que sofre uma overdose de fatos. Por outro lado, há os que padecem da inanição de informação, os excluídos, os desplugados da Internet e da TV a cabo. Para um caso, os agentes da informação – arquivistas, bibliotecários, jornalistas – têm a tarefa de selecionar, resgatar e organizar as informações essenciais de dentro do turbilhão noticioso. Em outro ponto, a sociedade precisa aprender a conquistar meios de comunicação verdadeiramente públicos _ e não apenas estatais _ que permitam, a todas as classes sociais, acesso livre e ético ao conhecimento.