A classificação arquivística é uma das atividades mais fundamentais e mais difíceis de serem executadas na prática à medida que a área não possui parâmetros claros para sua execução. Sempre esteve atrelada, de algum modo, aos princípios de proveniência e ordem original. Durante seu percurso teórico, foi atrelada inicialmente a uma perspectiva naturalista e relacionada com as classificações biológicas do século XIX, e sua revisão a partir da década de 1950 com a criação dos planos de classificação estrutural e funcional, buscando aproximá-la da realidade administrativa das instituições e, na atualidade, as classificações baseadas no sistema de série e o vislumbre teórico de uma classificação por item. Nesse sentido, busca-se neste artigo traçar o percurso histórico e conceitual da classificação arquivística por meio da análise dos principais marcos teóricos do passado e da atualidade, especialmente os autores responsáveis pela enunciação e cristalização das noções de classificação. Busca-se, ainda, a construção de um panorama teórico dos autores que, na atualidade, buscam redefinir e rearranjar teoricamente os conceitos e práticas relacionados a essa atividade. Sinalizando no horizonte teórico-prático da disciplina as novas abordagens em classificação.