Resumo
O diagnóstico da situação dos arquivos públicos em vários Estados e Municípios revelou a existência de centenas de quilômetros de documentos acumulados em precárias condições, ocupando porões, escadas, sanitários, pacotes empoeirados, removidos para locais sempre piores. A mesma realidade, diagnosticada de Norte a Sul do país, apresenta-se como desafio aos responsáveis pelos arquivos públicos e privados e aos profissionais da área, que deverão combater a acumulação desordenada e incontrolável de massas documentais, dedicando-se à: - racionalização e controle da produção; - normalização do fluxo documental; - agilização e acesso à informação e ao documento; - preservação de arquivalia coerente. A avaliação de documentos públicos, etapa que deveria suceder à coleta de dados para o diagnóstico dos arquivos públicos, será exequível se baseada em infra-estrutura mínima como: - legislação atualizada contemplando: 1. criação de coordenação científica (unidade subordinada ao dirigente com poder de decisão) ; 2. constituição de comissão central de avaliação - C.C.A. - grupo multidisciplinar e permanente; 2.a. constituição de equipes setoriais de avaliação - E.S.A.S. - incumbidas da elaboração de pré-tabelas de temporalidade e de outros instrumentos de trabalho; 3. identificação da rede de arquivos - integrantes de sistema arquivístico. O desenvolvimento de política de gestão de documentos ocorrerá, no Brasil, quando Estado e profissionais buscarem os meios para solidificar a infraestrutura da avaliação e de sistemas de arquivos adequados ao federalismo e à realidade nacional.