Resumo
A necessidade de manter as informações em segurança é tão antiga quanto a própria informação. No passado, imperadores colocavam guardas para proteger documentos oficiais e as igrejas mantinham seus documentos a sete chaves. Com a explosão no uso dos computadores, os documentos ganharam o formato digital, e a internet passou a ser um grande veículo disseminador. Contudo, quanto maior o número de pessoas com acesso a determinada informação, maior sua vulnerabilidade. Com tanta informação circulando a velocidades de um clique, não demorou muito para que houvesse a necessidade de se ter ferramentas capazes de autenticar, dar integridade, confidencialidade, disponibilidade, e para certos tipos de documentos o não repúdio ou irretratabilidade da ação ou autoria de um ato executado nos documentos digitais. O objetivo do trabalho foi assinar documentos eletrônicos com chaves criptográficas assimétricas, utilizando certificados digitais gerados e gerenciados por software com licença livre ou gratuitos, que possibilitem garantir sua autenticidade. Utilizou-se uma abordagem experimental em conjunto com o método “multicritério de análise de decisão” (MMAD) para avaliação das ferramentas de software estudadas. Foram analisadas 12 ferramentas indicadas na literatura específica. Constatou-se que todas as ferramentas possuem a funcionalidade para assinar documentos eletrônicos, no entanto, possuem diferenças entre si quanto ao tipo de extensão de arquivo usado, idioma, tipo de licença, possibilidade de múltiplas assinaturas e solicitação de senha ao assinar. Após a análise, as ferramentas ARISP e Okey obtiveram a maior classificação, ambas com 57 pontos. As ferramentas com maior pontuação possuem as seguintes funcionalidades: múltiplas assinaturas, assina arquivos no formato .PDF, possuem licença tipo gratuita, estão disponíveis na língua portuguesa e solicitam senha para assinar um documento. Apesar de possuírem as mesmas pontuação, a ferramenta Okey apresenta um interface mais amigável.