Resumo
No contexto do interesse e curiosidade que os arquivos pessoais despertam em profissionais de diferentes ramos de atuação, a autora insiste em mostrar o caráter interdisciplinar desse tipo de acervo, cujo fascínio vem do encontro com o inesperado e da sinceridade que transparece. Num debate direto com os textos de Terry Cook e Ariane Ducrot, neste mesmo número da revista, o artigo visa a analisar as sugestões práticas e teóricas de ambos, colocando-os em discussão. As idéias de ¿arquivo total¿ e a proposta de se descobrir o contexto por trás do texto¿, de Cook, e a proposta de prática com base na experiência francesa, de Ducrot, são aqui problematizadas no que concerne à viabilidade da proposta desses autores. Com isso, a autora atenta para a contribuição da discussão trazida pelos respectivos artigos, mas lembra que é preciso ir além para que o modelo arquivístico tradicional possa ser de fato aposentado, dando lugar a um novo método e teoria que se enquadrem às demandas peculiares dos arquivos pessoais.
