Resumo
A formação de arquivos em ambiente digital apresenta uma série de vantagens na produção, transmissão e acesso, mas, por outro lado, implica em documentos altamente sensíveis e manipuláveis, além de sujeitos à rápida obsolescência tecnológica e à fragilidade do suporte, especialmente no âmbito dos arquivos pessoais. Nesse contexto, alguns desafios se colocam à teoria arquivística. Com base na experiência empírica com o arquivo nato-digital do escritor, músico e artista plástico Rodrigo de Souza Leão,opresente trabalho fazuma reflexão acerca do lugar ocupado pelos arquivos pessoais digitais na teoria arquivística. A partir disso, temas como aquisição, armazenamento, segurança, identificação de proveniência e autoria, gênese, autenticidade, arranjo, descrição e preservação desses arquivos são abordados. A intervenção na pré-custódia é apresentada, em seus diversos aspectos, como uma abordagem recorrente entre os teóricos de arquivos pessoais digitais.