Resumo
Ao desenvolvimento científico, tecnológico e econômico ao aumento populacional, à interferência marcante do Estado na vida dos países, depois da Segunda Guerra Mundial, deve-se, sem dúvida o crescimento acelerado das atividades administrativas, e, consequentemente, uma verdadeira explosão documental. No século XIX e na primeira metade do século XX, a arquivística tradicional estabelecia que a documentação deveria passar diretamente da fase administrativa para a histórica. Foi no início da segunda metade do século XX (1950-1960) com adoção da teoria das três idades que se revolucionou a arquivística, face a nova concepção de que qualquer documentação produzida e recebida pelas instituições deve percorrer potencialmente, um trajeto periodizado em três etapas: corrente, intermediária e permanente. Por outro lado, o crescimento desmesurado dos acervos documentais compeliu o Poder Público a admitir a necessidade de racionalizar os serviços dos arquivos. Os arquivos intermediários se constituem na grande revolução da arquivística contemporânea. Países como Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, França que possuem administração complexa encontraram nos depósitos intermediários solução para seus problemas arquivísticos. A presente comunicação tem por objetivo, por parte do Arquivo Nacional, apresentação de uma proposta de implantação de uma política de transferência e/ou recolhimento dos acervos documentais localizados nos órgãos públicos federais e, como consequência, a agilização do Pré-arquivo em Brasília, e a criação de uma unidade de arquivo intermediário no Rio de Janeiro.