Resumo
Discute-se a conceituação de arquivo confrontando-a com a visão conceitual de tecnologia, rechaçando-se a função passiva frequentemente atribuída ao arquivo e às técnicas a ele associadas. Ao caracterizar a função de arquivo e sua evolução por analogia com a tecnologia, uma superposição é identificada no que concerne aos seus princípios. A referida caracterização analógica é elaborada a partir de itens referentes aos aspectos de secularização, evolução, vida, registro de fatos e documentos, retorno à busca do conhecimento já gerado pela humanidade, universalidade, circulação, dinamismo e inovação provocada pela ação da tecnologia. Reclama-se a capacitação contínua e permanente dos arquivistas - a quem se atribui a tarefa de antecipação e orientação às demandas dos usuários - para que a tecnologia possa promover o desenvolvimento pleno e autônomo de qualquer sociedade.