Resumo
Este artigo tem por objetivo discutir as relações que se construíram entre a arquivística, a história e a ciência da informação, no decorrer do desenvolvimento da primeira. Apresenta-se o percurso inicial da arquivística no século XIX, enquanto técnica relacionada a história e a atividade de pesquisa história afim de servir como uma das bases para a construção das identidades nacionais. A partir dos anos de 1950 a área passa por mudanças profundas devido a nova realidade de produção documental, da atividade administrativa e do início de mudanças no campo historiográfico. A partir da década de 1950-1960 com os trabalhos desenvolvidos nos arquivos nacionais americanos apoiados nos preceitos estabelecidos por Schellenberg, W. Kaye Lamb dentre outros, e nas décadas de 1970-1980 as políticas e métodos desenvolvidos por alguns autores da tradição Australiana, irão sistematicamente refutar e desvincular a arquivística da história, aproximando-a da administração e gestão, das áreas relacionadas as tecnologias computacionais, com os cartões perfurados e fitas magnéticas e mais tarde aos documentos digitais, iniciando o percurso irreversível da produção de documentos em meios além do papel. A partir dos anos de 1980 a área multiplica-se em abordagens e buscou-se, discutir preceitos para o desenvolvimento da arquivística pós-moderna e suas relações com a história. Em um Segundo momento, trabalha-se coma as possibilidades de relação entre a arquivística e a ciência da informação, relacionando a arquivística com a perspectiva neodocumental.