Resumo
O presente texto pretende trabalhar com a representação dos arquivos eclesiásticos como capital simbólico sob uma perspectiva legislativa. Os procedimentos metodológicos compreenderam o levantamento e a análise dos cânons dos Códigos de Direito Canônico (CDC) de 1917 e de 1983 a partir de sua identificação e classificação em seis grandes classes: tipologias dos arquivos; tipologias dos documentos arquivísticos; gestão dos documentos; proteção ao fundo; responsáveis pelo fundo arquivístico; proibições no âmbito do arquivo eclesiástico. A quantificação dos cânones que disciplinam a práxis arquivística e a análise do seu teor nos permite concluir que a Igreja passou a se preocupar de forma mais sistemática quanto aos seus arquivos, ampliando o foco da missão do arquivo ao prever instrumentos de disseminação de seus registros.