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Apropriações Internacionais para a Constituição do Campo da Informação no Brasil e da Identidade da Arquivologia
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Título
Apropriações Internacionais para a Constituição do Campo da Informação no Brasil e da Identidade da Arquivologia
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Resumo
Apresenta informações históricas sobre apropriações internacionais em torno da organização, comunicação e recuperação da informação, entre a França, os Estados Unidos e o Brasil. Uma viagem do arquivista francês Yves-Pérotin aos Estados Unidos e sua publicação acerca da teoria das três idades, na década de 1960; a vinda de especialistas franceses ao Brasil, assim como a visita de Schellenberg, no mesmo período, nos indicam elementos históricos para a constituição do campo da informação no cenário brasileiro. Por nós compreendido como um campo científico (à luz de Bourdieu) e profissional, que abriga disciplinas que têm por objeto a gênese, organização, comunicação e disponibilização da informação, o campo da informação abriga as trajetórias da Arquivologia, Biblioteconomia, Museologia, Documentação e, mais recentemente, da Ciência da Informação, no Brasil, como disciplinas simultaneamente parceiras, cooperativas, conflitantes, que conjugam aspectos comuns e singulares em torno da informação e do documento. Ainda que a Arquivologia esteja como uma subárea da Ciência da Informação na Tabela de Áreas do Conhecimento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, desde os anos 1980, refutamos tal subordinação e defendemos a sua autonomia científica, especialmente ao considerarmos a sua precedência histórica em relação à Ciência da Informação. Segundo a literatura arquivística, a disciplina tem suas raízes no século 16. A Ciência da Informação, por sua vez, é anunciada como tal na década de 1950. Nesse sentido, entendemos que as relações entre essas disciplinas refletem multifatores que as perpassam e não deveriam comprometer a sua identidade, mas reforçá-la. Dentre esses fatores, podemos citar a informação, como um dos componentes do documento de arquivo (mas não o principal); os vínculos acadêmico-institucionais dos cursos de Arquivologia a unidades administrativas de Ciência da Informação e a titulação de professores de Arquivologia em mestrados e doutorados dessa área, que parecem favorecer o trânsito de docentes e discentes entre as duas disciplinas (nem sempre de forma crítica e reflexiva). Além disso, há que se levar em conta a expressiva produção científica sobre arquivos e Arquivologia em programas de pós-graduação stricto sensu em Ciência da Informação. Diante da inexistência de outrora e da escassez atual de cursos de mestrado e doutorado em Arquivologia, grande parte das pesquisas com essas temáticas ocorrem em programas de pós-graducação em Ciência da Informação, provavelmente pelas razões já mencionadas. Em uma perspectiva distante do isolamento, observamos a autonomia (relativa) da Arquivologia, considerando as suas parcerias com outras disciplinas e áreas do conhecimento. Que a informação, em seu sentido lato, seja elo; que a organicidade seja priorizada na identidade arquivística (do arquivista, da Arquivologia e do seu objeto de estudo, os arquivos).
Palavra-Chave
Arquivologia | Arquivos | Campo arquivístico > Campo da informação | Ciência > Ciência da Informação | Informação
Relacionado à Obra
Organizador(es)
Editora
Natureza
ISSN ou ISBN
978-65-991726-4-9
ISBN
978-65-991726-4-9
Sessão
Mesa-redonda Diálogo sobre a Informação e os Arquivos
Páginas
16
Ano
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