Resumo
A construção da memória passa pela ação das forças sociais em constante luta pelo controle e exercício do poder, e pela determinação do que se quer passar à posteridade como verdade. Os tempos modernos trouxeram a ampliação do volume de informações e dados de que a memória individual foi se tornando, cada vez mais, incapacitada de dar conta, levando a um processo de organização norteador da acumulação da memória coletiva. O que sobrevive e passa à posteridade é resultante de um processo seletivo, quer da memória, quer da documentação. A democratização da memória histórica da sociedade passa obrigatoriamente pela organização e condições de acesso às chamadas instituições oficiais da memória (arquivos, bibliotecas, museus, centros de documentação), como também aos arquivos de outras instituições da sociedade civil.