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A experiência de arquivamento intermediário em escritórios de advocacia de Belo Horizonte, na ótica da gestão de documentos: estudo de casos múltiplos
Em um cenário em que as novas tecnologias da informação e da comunicação trouxeram facilidades para a produção de documentos eletrônicos, assistimos ainda à geração e ao arquivamento de grandes massas de documentos em papel. Uma das áreas que ainda se depara com a produção, reprodução e acumulação acelerada, indiscriminada e concentracionista de papéis é a jurídica. Assim, esta pesquisa descreve e discute os critérios de arquivamento intermediário de documentos administrativos e processuais em três escritórios de advocacia de Belo Horizonte sob a ótica da gestão de documentos. Os resultados revelaram que problemas de espaço foram preponderantes à utilização de arquivamento intermediário em espaços fora das dependências dos escritórios, sendo adotadas as seguintes alternativas: arquivamento de processos em depósito não localizado na área nobre da cidade e de propriedade do escritório; “arquivo morto” para arquivamento de processos em sala situada na área central da cidade e de propriedade do escritório, e; depósito para guarda terceirizada dos documentos dos setores de RH e Contabilidade/Financeiro. O que se observou, sem a intenção de se fazer generalizações, foi que a decisão de adoção de espaços para arquivamento de documentos onde o mPP2 é mais barato não quer dizer que foi calcada na intervenção do ciclo vital dos documentos, não alcançando, assim, a plenitude dos benefícios trazidos pela adoção da sistemática da avaliação e do arquivamento intermediário sob a ótica da gestão de documentos. Tal como o cenário apresentado para o setor público, os três escritórios de advocacia estão diante de uma produção de documentos que cresce sem planejamento/gestão/avaliação e que tende a alcançar grande volume.