Resumo
A Diplomática, no decorrer de quatros séculos, passou por várias transformações, tanto na delimitação de seu objeto de estudo, quanto na especificação de seu método. Dessa maneira, buscou-se aqui, caracterizar a contribuição teórica dada pela italiana Luciana Duranti, arquivista e professora da Universidade da Columbia Britânica, em Vancouver, no Canadá, onde desenvolveu, a partir dos anos 80, um estudo profundo sobre a Diplomática e sua interação com os princípios e conceitos arquivísticos, dando origem, assim, à chamada “Diplomática contemporânea”, notadamente a partir de 1989, quando publicou, na revista Archivaria, a legendária série de artigos “Diplomatics: new uses for an old science”. Para tanto estudou-se a bibliografia da autora e a história da Diplomática, trabalhando com o conceito e o objeto diplomático antes e depois da década de 80, afim de chegar ao momento exato da transição que levou a pesquisadora a constituir-se em marco teórico da área, inclusive com a enunciação do método diplomático. Os resultados revelaram que é a partir de seu conceito sobre o objeto da Diplomática e o objetivo da crítica diplomática que a autora constitui-se em marco teórico, a partir da década de 80.