Resumo
No Brasil, o trabalho de descrição de documentos de arquivo vem sendo realizado desde a criação do Arquivo Público do Império, em 1838. No decorrer do tempo foram utilizados inúmeros critérios e práticas arquivísticas para a descrição dos documentos, muitos dos instrumentos de pesquisa que possuímos hoje refletem esta diversidade e a evolução da arquivística no país. Diante disso, a situação da descrição dos documentos de arquivo no Brasil tem se caracterizado pela diversidade de critérios utilizados. Nos últimos anos vem surgindo iniciativas internacionais para normalização da descrição arquivística. Em 1993, foi publicada a Norma Internacional Geral de Descrição Arquivística – ISAD (G), contendo um conjunto de regras para serem amplamente aplicadas na descrição dos documentos, visando "assegurar a criação de descrições coerentes, apropriadas e inteligíveis por si mesmas, facilitar a recuperação e a troca de informações a documentação de arquivos, (...) possibilitar a integração de descrição de diferentes arquivos em um sistema unificado de informação". (1) (tradução do autor). Portanto, devemos pensar em formas para adaptar os instrumentos de pesquisa que possuímos hoje ao modelo normativo, objetivando facilitar a sua divulgação dentro e fora do país, através dos meios que a informática nos oferece. Neste sentido, o trabalho a ser apresentado no XII Congresso Brasileiro de Arquivologia pretende divulgar a experiência de adequar as Normas Internacionais de Descrição Arquivística - ISAD (G) os instrumentos de pesquisa do Arquivo Público Mineiro. Nosso objetivo é demonstrar que a aplicação do ISAD (G), além de tornar eficaz a recuperação e a troca de informações com arquivos do mundo inteiro, proporciona a oportunidade de rever, minimizar e/ou solucionar os problemas existentes no arranjo e descrição dos documentos decorrentes da própria evolução da arquivística no pais e ainda, padronizar os instrumentos de pesquisas. (1) Ministerio de Cultura. Consejo Internacional de Archivos. ISAD(G) – Norma Internacional General de Descrição Arquivística. Madrid. 1995. P. 9. Espanhol.