Resumo
A Arquivologia no Brasil deixa a era dos métodos de arquivamento, das eliminações indiscriminadas, e entra na era da gestão de documentos. São lembradas as conquistas na área, como o dispositivo constitucional, de 1988, e a nova lei de Política Nacional de Arquivo, de 1991. Analisa o conceito de gestão de documentos e sua relação com a própria avaliação, um dos seus componentes. Mostra o perigo das comissões de descarte e os equívocos quanto a eliminações que consideram apenas a prescrição quinquenal ou a publicação dos documentos originais. Discorre sobre caminhos percorridos pelos arquivistas, dos Estados Unidos à Argentina, com o Prof. Manuel Vazquez. Enfatiza a simplificação atingida no processo de avaliação, que se dá em momentos distintos, inclusive por duas missões que definem: a primeira, os prazos de interesse da administração, aí incluídos o valor legal, fiscal e contábil, e a segunda, integrada por historiadores e estudiosos de áreas específicas, que se ocupa da definição do valor histórico informativo de séries volumosas, de caráter executivo e rotineiro. Discute a identificação de documentos de valor histórico-probatório de cunho objetivo, e de valor histórico e informativo, subjetivo. Apresenta a experiência de avaliação da Câmara dos Deputados, bem como a informatização de todo processo de avaliação naquela Casa do Congresso Nacional, iniciada em 1992.